
"A vida é hoje! Não se prenda a estereótipos e julgamentos. Be yourself, be kind que, no caminho, tudo se ajeita."
Semana do Dia das Mães, 10 de maio de 2017... Uma série de exames pré-operatórios para uma plástica acabou se transformando em um diagnóstico inesperado. Um ultrassom de mama, seguido de uma biópsia e já no dia seguinte, a notícia: câncer de mama. Neste mesmo dia, mais um exame para pesquisar a possibilidade de outros tumores no corpo e, com ele, outra notícia difícil: metástase no fígado. O sonho de Nara era ser mãe aos 35 anos, mas, por obra do acaso ou do destino, seus filhos, Bernardo e Nina, vieram antes daquela descoberta nada incrível. Por isso, naquele momento, aos 34 anos, seu pensamento era um só: "meus filhos vão crescer sem a mãe". O passar do tempo lhe deu a certeza de que não seria fácil, mas que de alguma forma tudo iria ficar bem.
Quem conhece a Nara e não sabe desta história sequer imagina que ela é uma paciente em tratamento contínuo. A vida dela não se resume a este detalhe. Sim, é assim que ela o considera.
"Há tanta vida acontecendo que o câncer é apenas uma parte disso e eu não posso deixar todo o resto de lado".
Quando foi diagnosticada, estava seguindo para viver o auge da sua vida. Recém-casada, mãe de dois filhos, realizando-se profissionalmente... Como uma boa workaholic, completamente apaixonada pelo trabalho, para ela nada podia parar e a descoberta de um câncer metastático foi um combustível para olhar em frente e seguir em busca de alcançar os seus objetivos. A vida mudou e ela também. Aprendeu a se reinventar. Sabia que, se pudesse, não escolheria passar por um câncer, mas poderia escolher entre sofrer com as notícias ou passar por isso da melhor forma possível. Assim ela tem feito: encarando a realidade de forma leve e objetiva. Os aniversários que não eram tão significativos, passaram a fazer sentido, especialmente, diante dos clichês "muita saúde", "muitos anos de vida". A gratidão também ganhou novo entendimento.
Nem sempre é fácil nos bastidores. Nem sempre os efeitos colaterais do tratamento esperam o momento certo para se manifestar. Eles não querem saber se esta é a hora daquela reunião importante ou se este é um dia de um shooting. Há dias em que as notícias não são as melhores, mas, em meio aos altos e baixos naturais da vida e do tratamento contínuo, para Nara, o mais importante foi deixar o medo de lado e se permitir ser feliz, mais do que jamais havia sido.
"O que eu tenho pode não ter cura, mas não quer dizer que eu não vá viver muitos e muitos anos. É para isso que eu luto e para essa luta eu tenho os melhores motivos do mundo!"
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